Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2010

Um homem esteve mais de três horas à espera para ser visto por um médico na Urgência de Chaves, morreu passado pouco tempo. Inconformada, a família reclamou junto da instituição.

Acompanhado de duas pessoas da família, António Afonso, de 73 anos, deu entrada nas Urgências do Hospital de Chaves cerca das 12.30 horas. Segundo as familiares, o idoso, residente na Gorda, em Montalegre, queixava-se de fortes dores abdominais, de estar muito inchado na barriga, de ter vómitos e diarreia. Foi triado de verde, cor associada a casos não urgentes. Já teria passado mal a noite, segundo a família.

Ficou sentando numa cadeira de rodas na ante-sala da Urgência. «Ele estava todo aninhado na cadeira, via-se mesmo que estava cheio de dores. Eu ainda fui falar com uma enfermeira, mas ela disse-me que não havia nada a fazer, que só havia dois médicos nas urgências», recorda uma familiar.

Quase três horas depois, o estado de saúde do idoso ter-se-á agravado. «Suava muito e começou a sentir falta de ar e a ter convulsões. Eu perguntei-lhe: «o tio está bem?» Ele só me disse: estou muito cansado. Então eu disse à minha mãe: chama alguém por favor que o tio vai morrer aqui!». Perante a aflição das duas mulheres, António terá sido chamado para nova triagem. Desta vez, foi-lhe dada cor laranja, associada a casos urgentes. Minutos depois, foi visto por um médico. Já na maca, terá tido diarreia e começado a sangrar pelo ânus.

De acordo com a família, o óbito acabaria por ser declarado às 17.17 horas, menos de hora e meia depois de ser visto por um médico. A causa de morte declarada aponta para «edema pulmonar consequente a demência».

A família não se conforma. «O tio António não merecia morrer assim! Não é justo estar ali aquelas horas e ninguém querer saber», disse a familiar, que, ontem, apresentou uma reclamação no Livro Amarelo da instituição.

«Eu não ganho nada com isto, mas é só para alertar as pessoas para as condições de saúde que temos nos hospitais da região», justificou a mesma pessoa da família do doente que acabou por morrer.

O JN tentou ouvir uma reacção do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, no qual está integrada a unidade flaviense. No entanto, Carlos Vaz nunca atendeu.

As Urgências do Hospital de Chaves têm registado um anormal congestionamento desde o Natal, por falta de clínicos gerais.

Anteontem, por exemplo, em vez dos habituais dois médicos de Medicina Interna, também só esteve um a prestar serviço.

Na segunda-feira, alguns doentes abandonaram mesmo a Urgência sem ser atendidos. E, na época do Natal, um clínico geral esteve a trabalhar mais de 60 horas seguidas, por não ter quem o substituísse. O serviço só ontem terá regressado à normalidade.

 

Fonte: diário de trás -os-montes 04/01/2010



publicado por AJREIS às 09:50
Terça-feira, 12 de Janeiro de 2010

Dois homens foram detidos pela GNR de Chaves no âmbito de uma investigação sobre 11 crimes de furto qualificado verificados, em Valpaços, e tráfico de estupefacientes. Depois de buscas domiciliárias, foram apreendidos 25 panfletos de cocaína, 2 de heroína, um Fiat Palio, diversos objectos relacionados com o tráfico de droga, 2 computadores, 6 telemóveis, várias peças de roupa e calçado, uma caixa de ferramentas utilizadas nos arrombamentos e cheques já utilizados na prática de burlas.
 

fonte: A voz de trá-os-montes



publicado por AJREIS às 15:45
Segunda-feira, 04 de Janeiro de 2010

Não há somente factores de incapacidade interna, que provocam o despovoamento, mas também, paralelamente, existem políticas bem estruturadas, nos países estrangeiros de acolhimento, para aí fixar os nossos emigrantes, de forma definitiva.

Numa breve retrospectiva, a partir dos anos 60 do passado século, primeiro “a salto”, e depois de modo legal, grande parte da população em idade adulta, emigrou, sobretudo, para a Europa (França, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, etc.)

Desta época heróica, da emigração clandestina, conhece-se em Valpaços, como em todo o Trás-os-Montes, dramáticas “ histórias de sofrimento e de custosas passagem de fronteiras “ que dariam livros de memórias fantásticos.

Alguns desses países tinham saído há poucos anos da 2ª Guerra Mundial e tinham ficado com pouca população jovem, provocado pela perda dos milhares de soldados, que morreram nas linhas de combate.

Em Portugal devido a uma política astutamente doseada, de colaboração com as 2 facções em confronto (Aliados e Alemanha nazi), Salazar evitou que os portugueses fossem atingidos pela guerra, embora à custa de grandes sacrifícios alimentares, e mesmo fome, segundo se diz, por parte da população mais pobre.

Daqui resultou que acabada a Guerra, enquanto Portugal, tinha muita gente nova, mas muita pobreza, a Europa Ocidental, renascia da Guerra através do plano Marshall, mas faltava-lhe a mão-de-obra jovem, que tinha morrido em combate.

Portanto a emigração surgiu, como um reequilibrar dos pratos da balança, aliviando a pressão de população excedente em Portugal, para a redistribuir, pelos países europeus, ricos, mas carentes de mão de obra, não qualificada, para os trabalhos de reconstrução nacional.

Como diz o ditado, juntou-se a fome á vontade de comer, e nada conseguiu travar a população portuguesa de procurar melhores condições de vida nos países ricos da Europa.

Primeiro emigrando os cabeças de casal, essencialmente homens dos meios rurais, que viviam primeiramente em condições extremas de subsistência, nos chamados " bidonvilles".

Gradualmente as condições de vida melhoraram e começaram a chamar as famílias, passando a viver em melhores habitações e melhorando o seu nível de vida.

Os filhos foram-se integrando e frequentando o Ensino na sociedade francesa, daí sucedendo uma identificação cada vez maior com os países de acolhimento, a que se acrescentou uma maior fusão de costumes e culturas, com casamentos entre a população portuguesa e a população desses países, sendo hoje a segunda e terceira geração de origem emigrante, como franceses de pleno direito.

Com mais raízes nesses países do que em Portugal, com melhores condições de acesso á saúde e a empregos, do que em Portugal, as novas gerações, esquecem cada vez mais os países de origem dos seus pais e adaptam-se e ganham raízes, nesse países ricos que os acolheram.

Como aí se fixam os filhos e os netos, os emigrantes da primeira geração, agora já avós, embora com saudades da sua terra natal e de Portugal, vão gradualmente optando por ficar nesses países de acolhimento, junto dos seus familiares mais novos, que ai residem, trabalham e estão integrados.

A deslocalização destas enormes quantidades de famílias portuguesas, para fora de Trás-os-Montes, muitas delas, de forma definitiva, são também uma das causas do despovoamento transmontano, uma vez que Portugal não lhe criou as condições de emprego e bem-estar semelhantes às condições de bem estar, que eles têm nos países estrangeiros.

Uma politica inteligente de integração dos emigrantes portugueses, nesses países europeus, proporcionando-lhe melhor Saúde, facilidades no acesso a habitação própria, mais segurança em empregos. Agora qualificados, origina, que Portugal e Trás-os-Montes em particular sejam vistos, como lugares despovoados, desertificados e sem futuro…

Já existe hoje uma tendência gradual, para os emigrantes venderem as suas casa em Portugal, e construírem habitação própria, nos países europeus onde trabalham, como se pode detectar, a titulo de exemplo no concelho de Valpaços, neste fim de ano de 2009, onde as placas de “ vende-se” são em grande número, daqui resultando uma grande crise, no sector imobiliário.

Daqui resulta, que se cava cada vez um major abisma, entre o Trás--os-Montes pobre e isolado e os países industrializados, num tremendo ciclo vicioso, que cada vez aprofunda mais essas diferenças.

Voltando sempre á raiz do problema, enquanto não se optar, (se ainda formos a tempo?) por fazer uma regionalização eficaz e criar uma região própria de Trás os Montes, que face aos seus fracos índices económicos, aqui concentre efectivamente uma grande parte dos fundos estruturais da União Europeia, e se crie riqueza e trabalho, jamais passaremos da cepa torta.

Oxalá os políticos, neste novo ano auspicioso de 2010, façam avanços frutuosos, nestes domínios, e se consolide um adequado projecto de regionalização.

 

 

 

José Mourão: semanário transmontano



publicado por AJREIS às 10:48
Segunda-feira, 04 de Janeiro de 2010

Vila Real: Irmãos de cinco meses e dois anos usados para a mendicidade Crianças eram usadas para mendigar, situação que foi descoberta pelas autoridades antes do Natal

Retirados há uma semana aos pais que os usavam para a prática da mendicidade, dois bebés de nacionalidade romena estavam a viver no Centro de Acolhimento Temporário (CAT) de Vilarandelo, Valpaços. E foi exactamente desse local que esta semana a menina de cinco meses e o irmão de dois anos foram roubados por um homem que dizia ser tio de ambos. O paradeiro das crianças é desconhecido, contudo o caso já foi denunciado ao tribunal que deverá acusar o CAT de negligência visto ter permitido que o homem ficasse a sós com as crianças.

 

A situação de maus tratos em que os bebés viviam foi descoberta poucos dias antes do Natal, quando duas magistradas do Tribunal de Vila Real, ao dirigirem-se para o local de trabalho, se depararam com as crianças a pedir dinheiro na rua com os pais. Bastante maltratados, os bebés permaneciam no local há já várias horas, sujeitos ao intenso frio e à forte chuva que naquele dia se fazia sentir. Mas não choravam.

A bebé de cinco meses estava deitada no chão gélido das escadas do tribunal. Abaladas com a imagem das crianças a serem usadas para a mendicidade, as magistradas decidiram denunciar o caso à PSP. Chamada também ao local, a Segurança Social tentou durante todo o dia encontrar um local para as crianças ficarem, mas sem sucesso. Só ao início da noite foram encontradas vagas para ambas no CAT de Vilarandelo.

Os bebés ficaram à guarda do centro que, até à data do desaparecimento, ainda não tinha autorizado qualquer visita por parte dos pais dos menores.

Esta semana, um homem, também de nacionalidade romena, entrou no centro e, alegando ser tio das crianças, pediu para as ver. As técnicas acederam e deixaram as crianças numa sala com o homem. Minutos depois e aproveitando um momento em que uma funcionária se ausentou, o indivíduo desapareceu do local com os bebés, para parte incerta.

O CM tentou contactar o CAT de Vilarandelo, mas, até ao fecho desta edição, tal não foi possível.

PORMENORES

VINTE CRIANÇAS

Em funcionamento desde o dia 1 Fevereiro de 2001, o Centro de Acolhimento Temporário de Vilarandelo tem capacidade para acolher vinte crianças em situação de risco.

MUITO AGITADO

No CAT, o homem que alegou ser tio das crianças mostrou-se bastante agitado e apenas pedia repetidamente para as ver. O homem insistiu ainda durante algum tempo até que a funcionárias acedeu a que entrasse.

RENDIMENTO MÍNIMO ATRIBUÍDO À FAMÍLIA

Apesar de viverem da mendicidade, os pais dos dois bebés recebem o rendimento mínimo, que todos os meses lhes é entregue pela Segurança Social de Vila Real.

Os dois romenos são vistos com frequência naquela cidade, contudo, quando questionados pela PSP sobre o local onde residiam, disseram ter uma casa em Espinho e chegaram a dar uma morada. No entanto, o paradeiro dos pais, tal como o dos bebés, é desconhecido. A polícia espera agora que a família volte à cidade para receber o subsídio mensal a que tem direito.

 

fonte: correio da manhã



publicado por AJREIS às 10:42
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