"Adérito Freitas, de 75 anos, continua a presentear os valpacenses como ninguém na descoberta e divulgação do património concelhio.
Apresentou a sua mais recente obra, “Moinhos – Moinhos de Rodízio e Azenhas”, mais uma prova da sua dedicação a Valpaços. Como reconhecimento do seu contributo ao concelho, ao longo de mais de duas décadas, o Município atribuiu-lhe a Chaves de Ouro da cidade.
Francisco Tavares, autarca de Valpaços, “justificou” a atribuição do galardão com o “desenvolvimento de um trabalho de inegável valor ao nível cultural e arqueológico”. Desse trabalho desenvolvido “resultam inúmeras publicações científicas que promovem o concelho, sendo Adérito Freitas merecedor do reconhecimento dos valpacenses, que ano após anos vem adquirindo pela sua conduta humana, pelos valores que defende e pelo enorme contributo que tem dado ao desenvolvimento da arqueologia do país”, concluiu.
O Governador Civil de Vila Real, Alexandre Chaves, também presenciou a cerimónia.
Aluno e também colega do homenageado, no antigo Liceu Nacional de Chaves, considerou o autor como “um combatente da educação, da pedagogia e do conhecimento, que possuía a arte de ensinar”.
O homenageado confessou que se tratava de “um momento difícil para arranjar palavras que transmitam o que sinto”, acrescentando, “esta homenagem não é merecida porque é nossa obrigação divulgar o nosso património, a nossa cultura. Não fiz mais do que a minha obrigação”.
Adérito Freitas foi apresentado pelo amigo Joaquim Couto, também ele amante do património. “Há muito que os moinhos entraram em ruína, por isso é louvável quem os defenda”, afirmou.
“Moinhos – Moinhos de Rodízio e Azenhas” é uma obra de dois volumes. O primeiro conta com 260 fotografias, 21 mapas, onde estão assinalados 192 moinhos.
Adérito Freitas, como habitual, não dispensou a descrição muito pormenorizada da maior parte da obra, não esquecendo a sua localização, a sua estrutura e até utilidade.
O valpacense, que nasceu na freguesia de Santiago de Ribeira de Alhariz, em 1934, não se cansa na tarefa de sensibilizar quem o ouve na urgência da identificação, divulgação e, sobretudo, requalificação e valorização do património do concelho."
Jornal Terra Quente